Tenho pensado muito em algumas características dos homens destes últimos dias. São homens do "tempo" e não da vida; da leviandade e não da ponderação; da inconsequência sem o mínimo senso da teia relacional.
São pessoas que, sem perceber, estão tendo suas vidas consumidas pelo tempo. Vivem pelo tempo e para o tempo. Pensam que o que vivem é vida mas é apenas tempo! Se pararem para se auto perceberem, verão que até agora viveram pouco tempo da vida e muita vida gasta pelo tempo. O tempo é criação dos homens para nele se organizar e procurar viver de modo ordenado. Porém, o que na prática acontece é que a ordem imposta pelo tempo, agonizou o que os homens tem de mais valioso que é a vida.
São "humanos" da leviandade; de decisões, comportamentos e palavras sem a mínima reflexão (ou talvez com pouca...bem pouca!), sem que se pense um pouco mais...um pouco mais....antes de agir.
Pessoas inconsequentes, sem a menor consideração, ou talvez noção de que a vida é vivida numa grande teia de relacionamentos e de vivências, onde sentimentos são afetados o tempo todo.
Na verdade, o que pode estar acontecendo é que por se viver no tempo e não na vida, perde-se a noção dela, pois só nela se é gente dadivosa assim como ela é. No tempo somos levados a uma série de sentimentos e comportamentos como leviandade e inconsequência, tão vividos em nosso mundo atual.
Pense nisso e use o tempo para viver a vida e dela, toda sorte de dádivas.